sábado, julho 11, 2009

De qualquer modo...



De qualquer modo dança,

De qualquer modo sente.

De qualquer modo o corpo contém o dia.

De qualquer modo as cores e o músculo.

De qualquer modo o coração.

De qualquer modo sempre no fundo a memória.

De qualquer modo sem teorias.

De qualquer modo com a teoria da poética que é não existir teoria e só existir poética

De qualquer modo a ciência atrapalha um pouco mas não totalmente.

De qualquer modo curiosidade.

De qualquer modo coleccionar montanhas.

De qualquer modo acabar quando o ritmo exige que se continue

O ritmo exige coisas que não devemos aceitar obedecer ser escravos.


Gonçalo M. Tavares

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